Tem como vender coragem? Espiritualidade? Bondade?
Conheça o marketing existencial, capaz de vender
significados para a vida.
“Marketing existencial”, escrito por Pondé levanta questões para reflexionar sobre as distintas ramificações
do marketing invisível. Trata-se de uma nova disciplina com embasamento da
filosofia de existência e na psicologia.
O autor alerta que esse não é um livro
sobre marketing, e sim sobre a existência humana em relação ao consumo no século
XXI.
Pondé explica por que e como se movem
as engrenagens por trás do mercado consumidor atual e como o marketing passou a
exercer fascínio persuasivo sobre nossas carências mais profundas, tentando
preencher o vazio da alma.
Camila Casarotto, escreveu
uma matéria sobre os 81 tipos de marketing no site Marketing de
conteúdo, onde explica:
“O marketing
acompanha as mudanças de comportamento da sociedade e precisa estar sempre se
adaptando. É por isso que existem tantos tipos de marketing, que servem
para diferentes situações, necessidades, canais, empresas e consumidores”.
Existe
marketing pessoal, institucional, social, cultural, esportivo, politico, digital,
integrado, operacional, direto, multinível, offline, mobile, promocional, viral,
de incentivo, de relacionamento, de rede, de conteúdo, de performance, de redes
sociais, de busca, de fidelização, de guerrilha, entre muitos outros.
E atualmente
o filósofo e professor Luiz Felipe Pondé descobriu o Marketing existencial.
O que é marketing existencial?
Fonte: Laparola
Você deve estar
se perguntando... Nas definição de Pondé “é uma disciplina que, partido de
elementos das ciências humanas, aprofundará a produção de bens centrados na
busca de sentido para a vida”.
Amantes de marketing e profissionais administrativos e comerciais, provavelmente já ouviram falar de branding.
Branding é o valor agregado ao produto, consumidores não compram apenas objetos,
mas valores e comportamentos.
Partindo
dessa premissa fica mais fácil entender onde entra o marketing existencial. Ele
vende (ou tenta vender) valores, comportamentos e sentimentos.
Então, quando
perguntei se era possível vender felicidade, a resposta é sim. Isso se, repito
SE, as pessoas identificarem que felicidade está associada a realizações de seus
desejos. E o marketing por sua vez, identifica e também produz desejos.
Entende
a jogada de mestre?
Pondé explica que o marketing existencial
vende bem-estar como indústria da felicidade em larga escala.
O Homo sapiens, até onde sabemos, é a única espécie
que necessita de significado como necessita de ar. E quando não encontra
significado em sua vida, ele faz o que? Compra produtos para suprir essa falta.
Existe necessidade verdadeira? Existe desejo
verdadeiro?
Ou o marketing constrói nossos desejos e
necessidades?
“Se partirmos do pressuposto de
que um bom marqueteiro ou publicitário é aquele que hoje sabe o que você vai
querer daqui a dois anos (e ainda não sabe que vai querer), a resposta imediata
é que, em grande medida, o que você deseja ou necessita é uma construção do
marketing.
A construção do desejo no
marketing serve ao interesse do capital, e não ao que o ser humano de fato
deseja ou necessita”. (PONDÉ 2017 p.170)
No mundo atual, se nota cada vez mais um novo
perfil de consumidores, os invisíveis solitários. Eles buscam se tornar
visíveis a qualquer custo e na busca por significados, são ótimos candidatos a
comprar produtos que proporcionem auto estima. São os consumidores narcisistas frequentadores
assíduos das redes sociais.
Fonte: Comunicave
O Marketing existencial possui ramificações que
Pondé relata minunciosamente em seu livro. Podemos citar aqui, alguns exemplos
simplificados para sua melhor compreensão do que vem a ser o marketing existencial,
marketing de significado ou marketing invisível (é tudo a mesma coisa). Exemplos
esses retirados do livro de Pondé, à ele todo mérito.
è Marketing das mídias sociais: vende serviços de auto exposição e auto
promoção. Através de curtidas no Facebook, seguidores no Instagran e match no Tinder,
as pessoas se sentem mais “queridas” e “aceitas” dentro da sociedade. E embora
o serviço seja gratuito, as empresas lucram com a publicidade exibida na
página.
è Marketing do bem: vende produtos ecologicamente corretos para um
capitalismo consciente, como por exemplo ecobags, sacolas biodegradáveis, carregador
solar para celular, capa para celular de bambu, sabonetes vegetais, papel
reciclado etc.
è Marketing de causa: adentrou o terreno das ciências humanas formando
consumidores do bem. Trabalha com ideias como humanismo animal (contra
alimentação de carnes), defesa de crianças da África, cultura de comunidades
(favelas), trabalho voluntário com presos, leis pró-aborto e afins.
è Marketing da vida corajosa: vende produtos para almas
"nietzschianas", típicos de mercados turísticos, automobilístico e
esportivo.
è Marketing religioso: vende artigos religiosos como Biblias “modernas”, terços,
jóias, imagens de Santos, camisetas, agendas, etc.
è Marketing do medo: vende produtos que ampliam a sensação de segurança
como seguros de vida; saúde; residencial; empresarial; celular e carro. Além de sistemas de segurança.
Para os
estressados se vende viagens paradisíacas, diárias em spas, livros de auto ajuda.
Para quem
tem problemas com auto estima se vende tratamentos e produtos estéticos, roupas
de grife.
O marketing
existencial vende soluções e valores.
De todos, o
marketing de causa é o mais frágil e mais próximo da mentira. Nas palavras de
Pondé “porque toda virtude é silenciosa, e o marketing é ruidoso por natureza”.
Se as
pessoas realmente tivessem intenção de fazer o bem não gritariam aos quatro
ventos o que estão fazendo. São preceitos de um famoso Salmo da Bíblia Sagrada:
“Guardai-vos de fazer a vossa
esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão
junto de vosso Pai, que está nos céus.
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante
de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem
glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o
que faz a tua direita;
Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê
em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente”.
Mateus 6:1-4
Mateus 6:1-4
O livro “Marketing existencial” é uma obra inspiradora, e cita como
referencias grandes mestres como:
* Soren
Kierkegaard (dinamarquês, filósofo, teólogo e pastor 1813 - 1855),
* Nietzsche
(alemão, filósofo, poeta e compositor 1844 – 1900)
* Aristóteles
(grego, filosófo, aluno de Platão 384 a. C. – 322 a.C)
* Immanuel
Kant (prussiano, filósofo 1724 - 1804)
* Dom
Casmurro de Machado de Assis (Brasileiro, escritor 1839 – 1908)
Aproveite a leitura!
Sinopse:
"Este não é um livro sobre marketing. É um
livro sobre a existência", avisa o filósofo Luiz Felipe Pondé, logo na
abertura de Marketing existencial. Seu objetivo não é indicar caminhos para o
mercado, nem auxiliar os leitores a serem consumidores mais felizes. É analisar
por que a produção de bens em nossa época foi, pouco a pouco, se confundindo
com os anseios existenciais dos indivíduos e deixou de atender à mera
satisfação de necessidades básicas.
Neste século XXI, a difusão de "bens de significado" passa à vanguarda do mercado, conduzido por um "marketing existencial" que busca vender produtos não apenas materiais, mas, sobretudo, os imateriais, na forma de bálsamos para as angústias mais profundas das pessoas. Em sua provocante reflexão, o autor recorre à filosofia da existência - de Kierkegaard a Sartre, de Unamuno a Camus - para examinar como as questões essenciais dos seres humanos permanecem vivas e sem resposta, mesmo na "sociedade do cartão de crédito".
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OBS: Créditos da imagem de capa: Arquivo pessoal Luana
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