O livro de hoje é “Viver em paz para morrer em paz”. Que falta você fará ao mundo
quando partir? O que é preciso para viver em paz?
Se você não
existisse, que falta faria?
Qual é a tua obra?
Quando você se for, o
que vai ficar? O que você vai deixar que não apodreça e não gere fratricídio?
São questões abordadas e discutidas
pelo filósofo e escritor Mario Cortella em seu livro “Viver em paz para morrer
em paz”. Uma leitura envolvente, que seduz sua alma, te provoca e te arranca da
sua zona de conforto.
Aperte os cintos, a previsão é de tempestade de pensamentos com turbulência de sentimentos.
Onde? Dentro de você precioso leitor.
Para ser capaz de responder á questões
complexas como essas apresentadas, sobre qual a falta que você vai fazer no
mundo, é preciso se conhecer muito bem.
“O autoconhecimento é
um processo necessário e fundamental para a melhoria de si mesmo – um processo
interminável, pois tudo o que acontece à nossa volta nos afeta e nos
transforma” - Cortella.
Precisa ter coragem, encarar o espelho
da alma e desmascarar quaisquer traços de orgulho e vaidade, para ter acesso a esse
vilarejo distante e obscuro onde reside o seu verdadeiro eu. Se autoconhecer é
tão complexo quanto esplendoso.
Cortella usa grandes mestres para
ilustrar seus textos e deixar a leitura ainda mais envolvente e enriquecida. Em
“Viver em paz para morrer em paz” você vai se deparar com grandes nomes como o pintor
Picasso; poetas como Mario Quintana, Fernando Pessoa e Dante Alighieri; psicanalista
Erich Fromm; filosofo e escritor Roland Barthes; pensador Enrique Dussel e sociológo
Émile Durkheim.
É um á la carte de mestres ilustres, uma explosão de conhecimentos para
preencher um pouco mais sua bagagem cultural.
Fonte:
Postersia
“A vida é muito curta para ser pequena”
é uma frase do pensador Benjamin Disraeli.
O que apequena a vida?
Nas palavras de Cortella: é o
desperdício de convivência, incapacidade de ter algo que não seja superficial,
a possibilidade de esquecer as noções importantes de vida que são:
fraternidade, solidariedade, amorosidade.
Quem você é? O que te representa?
Cortella explica que
existe uma obsessão comunista, uma ideia de que eu sou aquilo que eu tenho e
isso não é verdade.
Eu sou aquilo que eu
falo, relaciono, convivo com os outros.
As pessoas vivem grande parte de suas
vidas de maneira vazia e superficial, como se fossem viver para sempre. Como se
viver em paz estivesse diretamente relacionado com a quantidade de bens
adquiridos durante a vida.
Está errado!
Um dia você, eu, todos nós iremos
partir, e nada levaremos dessa vida além do bem que fizermos aos outros.
O Homo
sapiens por vezes pensa ser imortal, se esquece que a vida acaba. Um excelente
lembrete para se viver em paz porque a vida é curta está na Igreja de São Francisco
situada na cidade de Évora em Portugal.
Dentro dessa Igreja, existe a Capela
dos Ossos, construída com 5 mil esqueletos humanos. Na fachada de entrada o
visitante é recebido com a seguinte mensagem:
“Nós, ossos que aqui estamos,
pelos vossos
esperamos”
Ainda mais interessante é a origem
dessa capela. No século XVI Évora abrigava 42 cemitérios. Sem espaço, os monges
franciscanos tiveram a ilustre e sinistra ideia de desenterrar os esqueletos e
usá-los na construção e decoração de uma capela.
Essa genialidade obscura e de gosto
duvidoso fortalecia o culto á celebração pela morte, muito difundida na era
barroca e ainda era condizente com os ensinamentos simplicistas e humildes de
São Francisco.
Capela dos Ossos
Fonte:
Engº
Vagner Landi
Cortella menciona essa referência em
seu livro e mais uma vez nos leva a reflexionar.
Se nada levaremos dessa vida, então deveríamos
nos empenhar no que deixaremos aqui na Terra. O que somos capazes de deixar de
herança para outras gerações, que gere valor não material?
Cortella menciona o seguinte trecho em
seu livro “Viver em paz para morrer em paz:
O filósofo irlandês
George Berkeley disse um dia que "ser é ser percebido". Ou seja, se
não é percebido, não existe. Uma estrela por exemplo, se nós não a conhecemos,
não a percebemos, logo, ela não existe para nós.
Para não serem
esquecidas, as pessoas fazem músicas, escrevem livros, tatuam o corpo,
participam de comunidades vitruais, mergulham no Twitter, criam blogs.
O que você fará para não ser esquecido?
Como você quer ser lembrado?
É preciso fazer-se importante.
Cortella quando se for, deseja fazer
falta.
Luana Marili quando se for, deseja inspirar
os outros.
Quer ser lembrada pelas obras que
deixou, ter suas ideias compartilhadas.
E você, o que deseja?
Para viver em paz Cortella ensina como
lidar com conflitos e confrontos, comunicação mais eficaz entre pais e filhos,
nostalgias e saudades, imprevistos e mudanças, paixões, escolhas, a verdadeira felicidade,
erotização, exposição, medos e autoconhecimento.
E para finalizar Cortella deixa uma
reflexão:
Qual é a sua verdade?
Qual é a sua essência?
No dia em que você se
for, essas questões irão embora com você. O que permanecerá de você no mundo?
Encontre essas respostas lendo “Viver
em paz para morrer em paz”.
Sinopse:
Se você não existisse, que falta faria? Para
responder à essa pergunta, o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella discute
o que é importante nessa vida. Não é ser famoso e nem acumular coisas e
propriedades, em uma obsessão consumista. Importante é ser importante para
alguém, ou seja, fazer falta para alguém. Como? Neste livro, Cortella aponta
alguns caminhos e nos faz pensar sobre as razões da existência.
Fonte: Arquivo pessoal Luana Marili
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OBS: Créditos da imagem de capa: Arquivo pessoal Luana
Marili
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