6 de novembro de 2018

Viver em paz para morrer em paz – Leia com Luana Marili

Luana Marili, viver em paz


O livro de hoje é “Viver em paz para morrer em paz”. Que falta você fará ao mundo quando partir? O que é preciso para viver em paz?

Se você não existisse, que falta faria?

Qual é a tua obra?

Quando você se for, o que vai ficar? O que você vai deixar que não apodreça e não gere fratricídio?



Luana Marili, viver em paz

Para ser capaz de responder á questões complexas como essas apresentadas, sobre qual a falta que você vai fazer no mundo, é preciso se conhecer muito bem.

“O autoconhecimento é um processo necessário e fundamental para a melhoria de si mesmo – um processo interminável, pois tudo o que acontece à nossa volta nos afeta e nos transforma” - Cortella.

Precisa ter coragem, encarar o espelho da alma e desmascarar quaisquer traços de orgulho e vaidade, para ter acesso a esse vilarejo distante e obscuro onde reside o seu verdadeiro eu. Se autoconhecer é tão complexo quanto esplendoso.

Cortella usa grandes mestres para ilustrar seus textos e deixar a leitura ainda mais envolvente e enriquecida. Em “Viver em paz para morrer em paz” você vai se deparar com grandes nomes como o pintor Picasso; poetas como Mario Quintana, Fernando Pessoa e Dante Alighieri; psicanalista Erich Fromm; filosofo e escritor Roland Barthes; pensador Enrique Dussel e sociológo Émile Durkheim.

É um á la carte de mestres ilustres, uma explosão de conhecimentos para preencher um pouco mais sua bagagem cultural.

viver em paz para morrer em paz
Fonte: Postersia



“A vida é muito curta para ser pequena” é uma frase do pensador Benjamin Disraeli.

O que apequena a vida?

Nas palavras de Cortella: é o desperdício de convivência, incapacidade de ter algo que não seja superficial, a possibilidade de esquecer as noções importantes de vida que são: fraternidade, solidariedade, amorosidade.

Quem você é? O que te representa?

Cortella explica que existe uma obsessão comunista, uma ideia de que eu sou aquilo que eu tenho e isso não é verdade.

Eu sou aquilo que eu falo, relaciono, convivo com os outros.


As pessoas vivem grande parte de suas vidas de maneira vazia e superficial, como se fossem viver para sempre. Como se viver em paz estivesse diretamente relacionado com a quantidade de bens adquiridos durante a vida.

Está errado!

Um dia você, eu, todos nós iremos partir, e nada levaremos dessa vida além do bem que fizermos aos outros.

O Homo sapiens por vezes pensa ser imortal, se esquece que a vida acaba. Um excelente lembrete para se viver em paz porque a vida é curta está na Igreja de São Francisco situada na cidade de Évora em Portugal.

Dentro dessa Igreja, existe a Capela dos Ossos, construída com 5 mil esqueletos humanos. Na fachada de entrada o visitante é recebido com a seguinte mensagem:


“Nós, ossos que aqui estamos,
 pelos vossos esperamos”


Ainda mais interessante é a origem dessa capela. No século XVI Évora abrigava 42 cemitérios. Sem espaço, os monges franciscanos tiveram a ilustre e sinistra ideia de desenterrar os esqueletos e usá-los na construção e decoração de uma capela.

Essa genialidade obscura e de gosto duvidoso fortalecia o culto á celebração pela morte, muito difundida na era barroca e ainda era condizente com os ensinamentos simplicistas e humildes de São Francisco.

Capela dos Ossos

Cortella menciona essa referência em seu livro e mais uma vez nos leva a reflexionar.


Se nada levaremos dessa vida, então deveríamos nos empenhar no que deixaremos aqui na Terra. O que somos capazes de deixar de herança para outras gerações, que gere valor não material?

Cortella menciona o seguinte trecho em seu livro “Viver em paz para morrer em paz:

O filósofo irlandês George Berkeley disse um dia que "ser é ser percebido". Ou seja, se não é percebido, não existe. Uma estrela por exemplo, se nós não a conhecemos, não a percebemos, logo, ela não existe para nós.

Para não serem esquecidas, as pessoas fazem músicas, escrevem livros, tatuam o corpo, participam de comunidades vitruais, mergulham no Twitter, criam blogs.


O que você fará para não ser esquecido? Como você quer ser lembrado?

É preciso fazer-se importante.

Cortella quando se for, deseja fazer falta.

Luana Marili quando se for, deseja inspirar os outros.

Quer ser lembrada pelas obras que deixou, ter suas ideias compartilhadas.

E você, o que deseja?

Para viver em paz Cortella ensina como lidar com conflitos e confrontos, comunicação mais eficaz entre pais e filhos, nostalgias e saudades, imprevistos e mudanças, paixões, escolhas, a verdadeira felicidade, erotização, exposição, medos e autoconhecimento.

E para finalizar Cortella deixa uma reflexão:

Qual é a sua verdade? Qual é a sua essência?
No dia em que você se for, essas questões irão embora com você. O que permanecerá de você no mundo?

Encontre essas respostas lendo “Viver em paz para morrer em paz”.


Sinopse:

Se você não existisse, que falta faria? Para responder à essa pergunta, o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella discute o que é importante nessa vida. Não é ser famoso e nem acumular coisas e propriedades, em uma obsessão consumista. Importante é ser importante para alguém, ou seja, fazer falta para alguém. Como? Neste livro, Cortella aponta alguns caminhos e nos faz pensar sobre as razões da existência.

Luana Marili, Viver em paz
Fonte: Arquivo pessoal Luana Marili



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OBS: Créditos da imagem de capa: Arquivo pessoal Luana Marili
As imagens utilizadas de terceiros foram devidamente linkadas para o site de origem. Confira o link nos créditos presente na legenda de cada imagem.

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Paulista. Taurina. Solteira. Pós graduada e apaixonada por Marketing. Escritora aprendiz. Blogueira na versão beta. Adora livros, seriados, Barbie e a cor rosa.

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